Vida e morte

 

Os amigos se encontraram para um bate-papo e o assunto resvalou para o tema vida e morte.

As opiniões diferiam. Dizia um que viver era respirar, comer, dormir e gozar a vida.

Outro falava que o privilégio da vida se dava tão somente enquanto podíamos fugir da chamada morte, porque então tudo se findava.

Depois de ouvir uma série de palpites onde a vida era tão amesquinhada, Josué resolveu falar:

Pois eu discordo de todos vocês. Dentro do entendimento que tenho, a vida é imortal.

Ela nos é dada por Deus e a devemos utilizar, tanto no corpo físico, quanto fora dele, para evoluir.

Alguém fez uma chacota, dizendo que no cemitério ninguém aprende mais nada.

Aí é que mora o grande engano, disse Josué.

A crença de que somos este corpo material tão somente, é enganosa. Seria muito pouco creditarmos sua criação a um tão excelente Criador.

Somos muito mais que matéria passageira, somos princípios inteligentes. O corpo material vai morrer em dado momento, mas nós somos Espíritos imortais, e continuaremos vivos.

Por isso dizemos que a vida é permanente, e a morte um fato que alcança somente ao que é perecível.

Os amigos se entreolharam pensativos. A conversa assumiu ares mais sérios, levando a reflexões. Alguns, curiosos, se estenderam em perguntas, desejando obter mais detalhes sobre essa maneira de entender a vida.

*   *   *

Interessante como alguns temores que ainda trazemos em nós, nos levam a pensar na continuidade da vida.

Por exemplo, por que muitos ainda temos pavor do inferno ou esperamos encontrar o céu, depois da vida física?

Por que oramos, nos velórios, nos enterros? Naturalmente, porque cremos que essas preces alcançarão quem se foi, beneficiando-o. E, com certeza, não será o corpo pois esse está morto.

Por que colocamos, nas lápides dos túmulos, mensagens de amor aos que têm ali seus corpos enterrados?

É porque, de alguma forma, cremos, sim, nessa vida que nunca finda e que, portanto, os que se foram, de alguma forma, receberão essas frases de verdadeiro afeto.

Como viajores do tempo e do espaço, algo nos diz que continuaremos a caminhada, depois da tumba.

É verdade: a vida jamais se extingue.

Portanto, morrer não é uma desgraça, é um fato natural, que se liga diretamente ao que é material e perecível.

Morremos para a Terra, nascemos para o mundo espiritual. Registrou o Apóstolo Paulo, em sua Primeira Epístola aos Coríntios: Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual.

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Que esperança para quem viu seus amores partirem, o saber que estarão à espera, para o reencontro feliz.

Conhecendo a realidade maravilhosa, eles vibram pelo sucesso do nosso progredir, porque a felicidade, no Além, depende dos valores conquistados.

E bons valores são a prática do amor, da caridade, da abnegação, da dignidade, da consciência tranquila.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com citação
da 
I Epístola aos Coríntios, capítulo 15,
 versículo 44, de Paulo de Tarso.
Em 9.1.2016.





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