Educando nossos pequenos


Quando o pai de Blaise Pascal entrou no quarto do menino e viu o soalho tomado por barras e rodas, não o puniu.
Indagou-se o que seria aquilo tudo. Em verdade, rodas e barras eram círculos e as linhas retas da geometria.
Logo mais, o garoto provaria que a soma dos ângulos de um triângulo perfaz dois retos, resolvendo num passatempo, o trigésimo segundo teorema de Euclides, cujo nome ele ignorava.
Quando nos encantamos com os tantos inventos de Leonardo da Vinci; quando vemos os tantos esboços que fez em papéis e mais papéis; quando lemos a respeito da sua precocidade, sua genialidade, que parecia não poder ser contida, não deixamos de pensar o que teria sido daquele menino se seu pai não tivesse prestado atenção àquilo tudo.
O genitor reuniu alguns dos trabalhos de Leonardo e os encaminhou para o escultor, ourives e pintor Andrea Del Verrocchio, figura de grande importância no âmbito das artes.
Isso fez com que Leonardo fosse admitido na sua oficina, como aprendiz. Estava aberto o caminho para a expressão da sua genialidade.
Lemos que uma criança de seis anos utilizou a parede da sala de estar para desenhar uma casa.
Isso não é novidade. Crianças de diferentes idades, em um momento ou outro, resolvem pintar a parede da casa dos pais.
A questão é como a família reage. Normalmente, os pais fazem o filho limpar a bagunça para que nunca mais torne a fazer nada semelhante.
Bom, o pai do garotinho, ao encontrar a simpática casinha desenhada, ficou imaginando o que diria sua esposa. E o que ela faria.
A atitude foi, no mínimo, inusitada. Ao ver o desenho, ela emoldurou o que considerou uma obra de arte e transformou a sala da família em uma galeria.
Além da tradicional moldura, a obra do pequeno recebeu uma placa de identificação, como nos grandes museus.
Na primeira linha, o seu nome e a data do seu nascimento. Na sequência, o título da obra prima: Casa interrompida. E o ano da sua criação, 2017.
Naturalmente, não podia faltar o material utilizado para a pintura: Canetinha em pintura de látex. Dado aos seus pais, de surpresa, em 13 de novembro.
O que terá pensado essa mãe? Talvez tenha cogitado ser a primeira expressão de um grande pintor.
Ou talvez não tenha querido frustrar a primeira tentativa, desejando incentivá-lo a prosseguir na sua arte. Com certeza, lhe providenciando material devido para isso.
O que chama a atenção, contudo, não é o fato de uma parede da casa ter sido pintada dessa forma.
O que sobressai é que essa mãe pensou mais no filho do que no que é material e pode ser lavado, substituído, arrumado.
É nesse sentido que o gesto merece ser analisado. É de nos questionarmos como temos considerado as peraltices dos nossos filhos.
Será que somente os temos podado em suas ações ou temos parado um pouco, observado e tentado verdadeiramente entender para educar de forma adequada?
Educar requer tempo, dedicação, atenção. Atenção ao que o filho fala, escreve, cogita, às ideias que expressa.
Quantas vezes temos, simplesmente, levado à conta de tolices tanto do que diz, do que faz?
Eis uma boa oportunidade para nos indagarmos: Estamos nos preocupando, verdadeiramente, com a educação do nosso pequeno?
Estamos ouvindo-o, observando-o, descobrindo o de que ele verdadeiramente necessita para se tornar um bom cidadão, um homem para o mundo?
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com
narração de fato colhido na internet.
Em 2.3.2018.
 





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