Coragem


Coragem é definida como a ousadia para tentar coisas boas mas difíceis. É força para não fazer simplesmente o que fazem os outros, mas, ao contrário, manter sua posição e até influenciar os demais.
É ser fiel às próprias ideias, seguir os bons impulsos mesmo que possam parecer, para a grande maioria, inconvenientes ou tolos.
É, enfim, a audácia de ser amigo, demonstrar seus sentimentos, ser expansivo.
Coragem é uma qualidade de caráter e pode ser ensinada aos nossos filhos. Por definição, sabe-se que coragem é uma coisa difícil.
Mas como disse uma criança a um grupo de colegas, quando insistiam com ela para que os seguisse em uma malvadeza: É preciso muita coragem para ser covarde, isto é, quando todos tentam obrigar você a fazer uma coisa que você acredita não seja certa, e eles o chamam de covarde, é preciso muita coragem para afirmar: “Sim, eu sou covarde".
Importante esclarecer aos filhos a diferença entre coragem e fanfarronice.
Coragem silenciosa é a que devemos procurar incutir em nossos pequenos. Coragem de dizer não ao que se tem certeza seja errado. Coragem de se aproximar de uma criança sem amigos e lhe dizer: Olá, como vai? Quer brincar comigo?
Como pais, devemos estar atentos às tentativas que as crianças realizam, para superar dificuldades e incentivá-las.
Se uma criança pequena está aprendendo a andar de bicicleta, somente o fato dela conseguir sentar-se nela, deve ser motivo de elogio. O importante é tentar, mesmo que não tenha sucesso. Toda tentativa deve ser incentivada, estimulando-a a tentar outra vez e outra e outra, enquanto vamos lhe afirmando que ela está cada vez melhor.
Quando o bebê consegue levar o alimento à boca com a colher, quando sobe no sofá, quando se mantém em pé, sozinho, pela primeira vez. São todos momentos de suma importância e que devem ser incentivados.
Caiu? Levante. Tente outra vez. Não conseguiu montar o brinquedo? Vamos tentar juntos, de novo.
Nossos filhos terão coragem se os prepararmos corretamente, se os ensinarmos a pensar sempre antes de agir, a dizer não com confiança e encorajando-os a praticar o que lhes pareça mais difícil.
Não há quem, frente a algo novo, não sinta o coração bater descompassado. É bom que nossos filhos saibam que nós, adultos, também temos coisas difíceis a realizar e que nos exigem coragem.
Incentivemos neles a coragem moral, aquela que se expressa em não ir atrás dos demais colegas ou amigos que estão fazendo alguma coisa errada.
A coragem moral de dizer a verdade quando seria bem mais oportuno pregar uma mentira.
Sejamos para os nossos filhos um modelo de coragem, pois as crianças aprendem aquilo que vivem. E todos os dias elas nos observam, veem e imitam.
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Uma boa maneira para exercitar a coragem é incentivar as crianças a falar, olhando nos olhos do outro.
Ser corajoso significa também não ter o que ocultar do outro.
Quando olhamos uns nos olhos dos outros é como se estivéssemos dizendo em alto e bom som: Confio em você e você pode confiar em mim.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 2, do livroEnsinando valores a seus filhos, de Linda e Richard Eyre, ed.
Ediouro.
Em 25.1.2013.




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