Algum dia você já ficou imaginando como seria Deus? Qual seria a imagem de Deus?
De um modo geral, nos vem à mente a figura de um ancião, barbas longas, brancas, muitas vezes sentado em um majestoso trono, a cuidar das coisas daqui de baixo...
A herança cultural que carregamos nos traz essa imagem que, ao ser analisada mais detidamente, vemos ser distante do que possa ser real.
Vejamos: Em que parte do espaço estaria Deus olhando para baixo?
Qualquer que seja essa resposta, nos perguntaríamos: E os outros planetas, os outros corpos celestes, que estarão acima, ao lado, atrás... Como Ele cuidará de todos esses, se já não estarão sob Seu olhar?
Ainda, por que a figura de Deus como um ancião? Será que Ele já foi jovem um dia? O tempo Lhe alterou o semblante, como acontece conosco?
E como pode o tempo alterar a figura de Deus, se Deus é a causa primeira, a origem de todas as coisas?
Podemos nos perguntar ainda, por que a figura masculina a representar Deus? Não poderia ser uma figura feminina, como acreditavam algumas culturas antigas?
Na dificuldade de transcender nosso pensamento, damos a Deus a figura humana, emprestamos ao Criador do céu e da Terra a pobre imagem humana, como se isso fosse suficiente e mesmo necessário para ver e entender Deus.
Ao considerarmos Deus como a Inteligência Suprema e a causa primária de todas as coisas, já não teremos a necessidade de representar a figura de Deus.
Como O sabemos a causa e origem de tudo é fácil entender que não há como representá-lO na limitação de nosso pensamento e sentimento.
Percebemos que, se ainda não conseguimos entendê-lO ou não há como representá-lO, já O podemos sentir.
E sentimos Deus ao contemplar um pôr-do-sol a desdobrar o céu em inúmeros matizes, colorindo o horizonte, a cada dia, de maneira diferente.
Sentimos o Criador e toda a pujança do Seu amor a nos tocar, na grandiosidade da natureza que se faz bela, harmoniosa e generosa, dando-nos o suporte para a vida física no planeta.
Sabemos da presença de Deus quando nos emocionamos com o milagre da vida, que se repete infinitas vezes no ventre materno, permitindo que uma simples célula dê origem a um organismo complexo e ordenado, após nove meses de elaboração.
Se não conseguimos representar, entender ou ver Deus, já é possível tê-lO em nossa intimidade.
Sem a necessidade de materializar ou personificar Sua figura, mas apenas senti-lO, nos mínimos detalhes da vida.
Seja no microcosmo, na intimidade da organização celular, ou no macrocosmo, nas galáxias e estrelas infindas, aí estará a presença de Deus e de Seu amor, a cuidar de cada um de nós, Seus filhos.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 23, ed. Fep.
Em 2.1.2013.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 23, ed. Fep.
Em 2.1.2013.