Uma premissa básica


Os eventos do mundo muitas vezes surgem estarrecedores e inexplicáveis.
São espetáculos de crueldade ou injustiça que desafiam a sensibilidade e o raciocínio.
Perante eles, a criatura humana encontra dificuldade para se posicionar.
Às vezes ela se deixa dominar pela emotividade e tomba em sofrimentos desnecessários.
Acredita que amar ao próximo é agradá-lo e realizar suas fantasias.
Ou então toma para si as dores do semelhante, de forma enfermiça.
Não consegue perceber a razão ou a finalidade de certos eventos dolorosos que atingem os que ama e se desespera.
Com isso, fica sem condições de auxiliar.
Em outro contexto, são os equívocos do próximo que despertam ira.
Falta a compreensão de que os perversos do mundo são enfermos da alma.
Surgem odiosos nos caminhos alheios, por vezes com aparência triunfante.
Entretanto, o mal é sempre lamentável, qualquer que seja a forma pela qual se apresente.
Ninguém escapa da soberana Justiça Divina, sempre perfeita.
Nesse contexto, é mais lamentável quem semeia dores do que quem as sofre.
O sofredor atual está em processo de reajuste perante as Leis Cósmicas, desde que se mantenha digno.
Já o algoz está cavando um triste e sombrio abismo para nele entrar.
A fim de viver de forma equilibrada e pacífica em um mundo ainda tumultuado, importa ter lucidez.
Quem só percebe as aparências, corre o risco de se desesperar ou se tornar um rebelde.
Uma premissa básica a ser considerada na apreciação de qualquer evento é a Lei de Progresso.
Constitui desígnio Divino que todos os Espíritos atinjam o ápice da perfeição.
Entretanto, eles ocupam diversos graus na hierarquia evolutiva e têm as experiências de que necessitam.
Alguns, mais infantilizados ou rebeldes, ainda fazem o mal.
Outros, não muito mais evoluídos, reclamam de qualquer problema e suportam com dificuldade as lutas da vida.
Há os mais adiantados, que enfrentam corajosamente suas provas e quitam os débitos que acumularam em existências pretéritas.
Finalmente, há os realmente evoluídos, que só do bem se ocupam e dão exemplos para os que seguem na retaguarda.
Assim, não há injustiça real no mundo.
Tudo é transitório, fora o bem que se instala no íntimo da criatura.
A maldade é uma loucura muito efêmera, a ser resgatada no futuro.
A dor depura e prepara para vivências mais nobres e também dura bem pouco.
Para apressar a felicidade, impõe-se um ajustamento do próprio ser aos soberanos códigos da vida.
Instruir-se e amar, a fim de auxiliar o progresso, que é uma Lei incontornável.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 30.11.2009.




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