Mentira e descrédito


Você costuma mentir para seus filhos?

É possível que, sem uma reflexão aprofundada, a maioria dos pais
responda não. Que a mentira não é uma boa medida pedagógica.

No entanto, é muito comum, no trato com os filhos, observarmos pais,
mães e outros educadores lançando mão de pequenas mentiras para
convencer os filhos a fazerem o que eles desejam ou o que deve ser
feito.

Assim é que, há poucos dias, vimos pelo telejornal, uma mãe convencer
o filho a embarcar no avião, num dia em que jogaria o time para o qual
ele torcia, mentindo que, na aeronave, ele poderia assistir ao jogo
pela televisão.

Ao ser entrevistada, ela respondeu ao repórter que havia inventado uma
mentirinha para que o filho embarcasse sem dar trabalho.

Apenas uma mentira sem importância, para a mãe, mas, de grandes
proporções para aquele garotinho ávido por assistir seu time disputar
uma partida decisiva.

Muitas vezes, para nos livrar da insistência do filho, prometemos
coisas que sabemos, de antemão, que não iremos cumprir.

Se ele quer ir ao zoológico, por exemplo, prometemos que o levaremos
noutro dia. E esse dia não chega nunca.

Se não quer ir para a escola, fazemos mil propostas interessantes mas,
tão logo ele consinta em ir, nos esquecemos delas.

Vezes sem conta, percebemos pais que enganam os filhos dizendo que vão
dar uma saidinha e logo voltam. E se demoram dias em viagens de lazer,
enquanto os pequenos, desiludidos, esperam e esperam...

São mentiras que, aparentemente sem importância, constroem nas almas
infantis a descrença, a desconfiança e a insegurança.

São essas pequenas pedras apodrecidas que levantam homens falsos e
mentirosos que não têm compromisso com a verdade e, muito menos, com
os sentimentos alheios.

Crescem enganados e, se não forem Espíritos elevados, incorporam essas
vivências de forma natural, devolvendo-as à sociedade conforme as
receberam.

Depois, essa mesma sociedade reclama quando é iludida com promessas
não cumpridas, com plataformas que não passam de simulacro, com
mentiras e enganações.

É importante que pensemos, com seriedade, nas palavras destiladas dia
a dia, junto aos filhos.

É imprescindível que analisemos muito bem as promessas que fazemos e,
uma vez feitas, sejam cumpridas. Mas, se por um motivo ou outro não as
pudermos cumprir, que expliquemos esses motivos, sem mentir nem
iludir.

No princípio pode parecer difícil mas a experiência prova que a
verdade é eficaz e duradoura e que a mentira, além de ter pernas
curtas, é ineficiente e prejudicial.

*   *   *

A mentira é como ácido corrosivo; dilacera os laços afetivos e os
rompe pouco a pouco.

A verdade é a pedra boa que, empregada na construção do afeto, a torna
sólida e duradoura, resistente a qualquer tempestade.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita
Em 26.04.2010.




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