Necessidade de perdoar


Imaginemos a seguinte situação: uma criança é mandada para a escola e seus pais não admitem que ela erre.
Exigem sempre a nota máxima e a perfeição nas ações e no aprendizado. Não concordam, em hipótese alguma, que seu filho possa errar. E fazem cobranças intensas e constantes a esse respeito.
Vendo tal situação, o que pensaríamos? Fatalmente não concordaríamos com atitude tão drástica.
Ao educarmos, percebemos que o erro faz parte do processo de aprendizagem, permitindo a reflexão, a análise e o refazer da ação.
Dessa forma, qualquer um que não tenha a possibilidade de errar, encontraria grandes dificuldades em aprender. Não que devamos ser permissivos com o erro, mas entendendo-o como processo natural de aprendizagem.
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Assim como a criança na escola, estamos todos nós sob constante aprendizado em nossa vida.
Não somos desafiados apenas intelectualmente, mas temos, em grande monta, lições de aprendizado emocional e moral.
Lições especialmente concretizadas nas oportunidades de relacionamento humano. Quando nos dispomos a nos relacionar, estamos nos oportunizando o aprendizado de novos valores e capacidades pessoais.
É natural que essa vida de relação, a vida em sociedade, apresente dificuldades e problemas. Afinal, todos estamos aprendendo.
Portanto, não podemos esperar dos outros que, a todo momento e em toda situação, ajam da melhor forma possível, da maneira mais adequada.
Eles agirão conforme os valores e capacidades adquiridas ou que desenvolveram no seu mundo íntimo.
Dessa forma analisando, percebemos que todos somos factíveis a erros e tropeços no relacionamento com o próximo; que esses erros são naturais no processo de aprendizado.
Afinal, é compreensível que pessoas ainda imperfeitas, nas suas capacidades e valores, gerem relacionamentos imperfeitos.
Então, ao nos depararmos com essa ou aquela pessoa agindo de maneira equivocada, posicionando-se de um modo que não concordamos, não podemos esquecer que ela também está aprendendo.
Cada um de nós oferece aquilo que dispõe em seu mundo interior, nada além disso.
Por isso, se alguém agiu de maneira errônea conosco, pensemos sobre a possibilidade de perdão. Muitos de nossos erros não são nem pautados na maldade, mas apenas na limitação de nossas capacidades.
Ao olharmos o próximo com essa compreensão, ao utilizarmos as lentes da benevolência para com ele, estaremos construindo um atalho para o entendimento que nos levará mais facilmente ao perdão.
Aquele que hoje erra, amanhã, inevitavelmente, arcará com suas ações.
Por outro lado, quem perdoa, evitará carregar pesado fardo ao longo de seu caminhar.
Afinal, o coração que não sabe perdoar, sempre estará pesado. Colecionará mágoas, frases mal colocadas, situações problemáticas, ações infelizes, que nada contribuirão para sua felicidade.
Ao perdoar, tudo isso sairá de nosso coração, abrindo espaço para sentimentos e valores mais nobres, valiosos e úteis, para o aprendizado de que nós mesmos temos necessidade.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 21.2.2013.




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